Essa é a questão
levantada pelo biólogo John Sulston, ganhador do prêmio Nobel de medicina em
2002. Para ele, é necessário que haja controle tanto do consumo excessivo
quanto do aumento da população, para que se efetive uma ação ambiental mais
incisiva e eficaz. No relatório o cientista recomenda que as economias
desenvolvidas e emergentes revejam seus padrões de consumo, caminhando para uma
desmaterialização da sociedade. Ressalta também que mesmo países em
crescimento, como o Brasil, podem contribuir com idéias para uma gestão
sustentável global, citando o etanol de cana. O que podemos dizer a respeito é
que percebemos que conforme a sociedade se desenvolve, a tendência é que a
população reduza seu crescimento. O estudo feito por grupo de 23 cientistas (incluindo John
Sulston) também adverte que o acesso à contracepção e a educação no planejamento
familiar é uma questão fundamental nos países em desenvolvimento, especialmente
na África, que nas próximas décadas será responsável por 70% do crescimento da
população mundial. Temos que considerar
também que a respeito do consumo, é logicamente mais acentuado nos países
desenvolvidos e, conforme há crescimento em nosso país, existe a tendência de
sermos cada vez mais influenciados a adotar um padrão consumista de vida.
Portanto, devemos ponderar cada vez mais se nosso estilo de vida está sendo
motivado por razões corretas. Pois o desenvolvimento sustentável propõe uma
visão compartilhada de recursos, o que interfere diretamente em nosso padrão de
consumo.
Para refletir:
Link - ANGELO, Cláudio; Ação ambiental será inútil se
população continuar crescendo, diz ganhador de Nobel. Revista Eletrônica Folha
Uol, Nova Iorque, 07 maio 2012. Seção Ambiente.
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